A Seleção Nacional Sub15 conquistou esta sexta-feira a medalha de bronze no Campeonato do Mundo que decorre em Vila Nova de Gaia, a primeira de uma equipa portuguesa em mundiais.
Bernardo Pinto, Rafael Silva e Tiago Abiodun e o treinador Ricardo Faria inscreveram o seu nome da história do ténis de mesa, depois de terem disputado as meias-finais, nas quais perderam por 0-3 com a Rússia.
É a quarta medalha de Portugal em Campeonatos do Mundo, a terceira em mundiais de jovens, e a primeira em equipas. Portugal tinha alcançado até agora uma medalha de prata em pares, por Marcos Freitas e Tiago Apolónia no mundial de juniores do Chile 2003, uma medalha de bronze, por Marcos Freitas e André Silva no mundial de juniores do Egito 2006, e uma de bronze por Tiago Apolónia e João Monteiro no mundial absoluto de Budapeste 2019.
Pedro Moura: “Não trocamos nenhuma medalha pela saúde dos atletas”
O presidente da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) fez um balanço da competição de equipas que hoje termina e afirmou que “A Federação traz estas provas para Portugal com o objetivo de proporcionar contactos internacionais aos atletas e sempre na esperança – porque seria muito difícil qualificar-nos para esta competição – sempre na esperança de que consigamos obter um bom resultado internacional. Foi isso que aconteceu aqui em Gaia, no Campeonato do Mundo Youth, em que conquistámos uma medalha de bronze na primeira vez que se disputa um mundial Sub15. Por isso quero deixar os parabéns primeiro aos atletas e às suas famílias, que se sacrificam muito pelo seu crescimento e desenvolvimento. Naturalmente também aos seus treinadores e aos clubes nos quais trabalham diariamente e também a toda a equipa técnica da Federação portuguesa de Ténis de Mesa, que os acompanha nos estágios nacionais e internacionais.”
O responsável federativo salientou que “estando imensamente satisfeitos com o resultado obtido pela nossa equipa Sub15 quero, no entanto, realçar que a Federação, enquanto eu for presidente, não troca nenhum sucesso desportivo nem nenhuma medalha em nenhum evento internacional, pela segurança e pela saúde dos seus atletas.”
Pedro Moura explicou então que “na véspera da competição, a Federação foi confrontada com um acontecimento, um momento muito difícil, muito duro, e inesperado. E decisões difíceis tiveram de ser tomadas. E nesse sentido, só depois de recebidos os resultados de testes PCR de alguns dos atletas da seleção nacional, foi necessário tomar medidas que salvaguardaram e que terão sempre de salvaguardar, porque essa é a nossa prioridade, a saúde dos nossos atletas e a saúde de todos os participantes nesta competição. E neste momento a FPTM é responsável por cerca de 400 pessoas que estão a participar neste evento.”
Pedro Moura acrescentou que “não recebemos, nem admitimos, lições de moral, de postura nem de como organizar eventos internacionais de ténis de mesa em Portugal seja de quem for. A nossa prioridade será sempre a salvaguarda da saúde de todos aqueles que estão sob a nossa responsabilidade. Dito isto, quero agradecer ao doutor Bruno Soares e a toda a equipa do Hospital Fernando Pessoa, que compõe o departamento médico da FPTM, que têm sido os grandes responsáveis por a FPTM ter conseguido realizar até agora e durante a pandemia quatro eventos internacionais de grande responsabilidade. Recebemos atletas vindos de todo o mundo e todas as organizações da Federação têm sido altamente elogiadas, prestigiando o país e prestigiando a instituição. Nada disto teria sido possível sem a colaboração do doutor Bruno Soares e do Hospital Fernando Pessoa, a quem estamos profundamente agradecidos.”
Sub15 masculinos – Meias-Finais
Rússia, 3 – Portugal, 0
Alelsei Samokhin, 3 – Bernardo Pinto, 0 (11-6, 11-2, 11-3)
Ilia Koniukhov, 3 – Tiago Abiodun, 2 (8-11, 11-9, 11-9, 4-11, 11-4)
Roman Vinogradov, 3 – Rafael Silva, 0 (11-7, 11-9, 11-6)