Portugal é o novo campeão da Europa de Equipas, destronando a Alemanha que detinha o título desde 2007, e perante milhares de enérgicos adeptos, que vibraram no MeoArena, incluindo o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
A Seleção Nacional alcançou o maior feito da história do Ténis de Mesa português, com uma exibição fora de série, que anulou o poderio dos germânicos, que contam com os dois primeiros atletas do ranking europeu.
A magnífica prestação lusa começou a ser desenhada por Marcos Freitas (n.º 4 da Europa), que venceu Steffen Mengel (n.º 13) por 3-0.
Na partida seguinte, João Monteiro (n.º 17) não conseguiu levar de vencida Timo Boll, n.º 2 da Europa e 9.º do mundo, perdendo por 3-0.
Foi a vez de Tiago Apolónia (n.º 7) brilhar, derrotando Dimitrij Ovtcharov, n.º 1 do ranking europeu e 5.º do mundo, com o resultado de 3-1.
Marcos Freitas voltou a entrar em campo, frente a Timo Boll, e venceu o primeiro set. O alemão respondeu e empatou, mas o internacional português não deu hipóteses nos sets seguintes. Estava cumprido o sonho!
Por equipas, Portugal tinha como melhor resultado em Europeus a medalha de bronze conquistada em Gdansk 2011, o 5.º lugar nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 e o 5.º posto no Mundial de Tóquio 2014.
Pedro Miguel Moura: “Parece um conto de fadas”
“É de sonho. O nível dos mesatenistas de Portugal permitia sonhar com um momento destes, mas só num dos meus melhores sonhos é que conseguiria ver Portugal organizar um europeu e acabar desta maneira. Foi a história perfeita, parece um conto de fadas. É um tremendo orgulho e uma honra poder fazer parte da federação de ténis de mesa”.
Pedro Rufino: “É o dia mais feliz da minha vida desportiva”
“Estávamos num grupo considerado ‘da morte’ e estivemos praticamente fora da competição. O João (Monteiro) esteve perfeito e conseguiu garantir o apuramento. Depois, passo a passo, contrariámos os adversários. Amanhã, a Alemanha voltará a ser favorita. O pormenor fez toda a diferença. Eles merecem ser os atuais campeões da Europa. Penso que seleção portuguesa é muito temida em todo o Mundo e especialmente na Europa. Não foi por sermos campeões que nos vão olhar de outra maneira. A própria seleção alemã sabia que, embora favorita, Portugal tinha uma pequena hipótese, felizmente deu em título para Portugal. Estou muito, muito contente, feliz. É o dia mais feliz da minha vida desportiva”.
Marcos Freitas: “É um sonho”
“Ser campeão da Europa pela primeira vez e em casa é um sonho. Era muito difícil, mas começámos o jogo bem e neste momento estou muito satisfeito. O fim foi muito rápido, nem me lembro do ponto. Sei que festejámos todos juntos”.
Tiago Apolónia: “A vitória é de todos, de Portugal”
“Ganhar em Lisboa, contra a Alemanha, é o sonho de uma carreira. As mensagens, chamadas e todo o apoio recebido nos últimos dias foram decisivos. A vitória é para eles. Estou com alguns problemas físicos depois do jogo de ontem, mas chegar à final contra a Alemanha, em Lisboa, com a família e os amigos… estes dias não foram fáceis, mas esqueci isso tudo. Nos últimos 15 anos, a Alemanha tem sido a grande potência europeia. Vivo lá há sete anos, perdemos muitas vezes contra ele. Isto é um sonho. O público foi fantástico, importantíssimo. Deram muita força. A vitória é de todos, de Portugal”.
João Monteiro: “O público é uma mais-valia para nós”
“Muitas vezes é mais difícil estar a torcer por fora. Tentamos sempre apoiar e transmitir força aos nossos companheiros. O público é e sempre foi uma mais-valia para nós. A vitória também é deles. Fomos campeões da Europa e ainda por cima frente ao nosso público”.
Portugal, 3 – Alemanha, 1
Marcos Freitas – Steffen Mengel 3-0 (11-8, 11-8,11-8)
João Monteiro – Timo Boll 0-3 (7-11, 1-11, 8-11)
Tiago Apolónia – Dimitrij Ovtcharov 3-1 (11-7, 11-2, 11-13, 11-9)
Marcos Freitas – Timo Boll 3-1 (12-10, 5-11, 11-6, 11-9)